Olá, amigos!
Nessa semana inicio uma série de 4 posts sobre uma condição médica comportamental muito grave: a esquizofrenia de início precoce.
A esquizofrenia de início precoce representa uma patologia do comportamento da infância e adolescência de grande gravidade. Por definição, a esquizofrenia de início precoce é uma condição comportamental de início antes dos 18 anos de idade em que o estudante apresenta sintomas psicóticos, com prejuízos importantes na cognição, no afeto e na habilidade de se relacionar com outras pessoas.
Normalmente o início da esquizofrenia ocorre no final da adolescência e início da vida adulta, entre os 18 e 30 anos de idade. Estatisticamente, 1% da população adulta apresenta esquizofrenia, sendo estimada uma distribuição igual entre os sexos.
A esquizofrenia de início precoce é uma condição rara, afetando cerca de uma ou duas crianças para cada 1.000 estudantes, sendo os meninos duas vezes mais acometidos do que as meninas. Essa condição comportamental irá prejudicar muito o desempenho acadêmico do estudante, pois a doença interfere na capacidade em adquirir novas habilidades e novos conhecimentos.
Uma das características fundamentais da esquizofrenia é a presença de sintomas psicóticos. Psicose é a manifestação de delírios e alucinações. Delírio é uma alteração do conteúdo do pensamento: o jovem perde o juízo de realidade e sua capacidade de distinguir o falso do verdadeiro. A presença desses pensamentos irreais compromete a compreensão dos fatos e estas alterações terminam por comprometer a interação do estudante com outras pessoas. Nesse caso, a criança pode apresentar pensamentos bizarros, como acreditar que alguém a está perseguindo ou tentando ler sua mente; pode acreditar que se comunica por telepatia ou que a televisão envia informações codificadas para ela.
A alucinação é uma alteração da sensopercepção, isto é, a percepção real de algo inexistente. Tudo que pode ser percebido pelos cinco sentidos (audição, visão, tato, olfato e gustação) pode também ser alucinado, sendo as alucinações auditivas e visuais as mais frequentes. Nesses casos, a criança escuta ou vê algo que não existe, que não é real.
SAÚDE MENTAL NAS ESCOLAS!
Dr. Gustavo Teixeira
Médico psiquiatra da infância e adolescência
Professor visitante do Depto. de Educação Especial – Bridgewater State University
Mestre em Educação – Framingham State University
Autor do MANUAL DOS TRANSTORNOS ESCOLARES (Ed. Best Seller)
Contato: www.comportamentoinfantil.com
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