O diagnóstico de deficiência intelectual envolve a entrevista e exame clínico da criança, detalhada entrevista dos pais com investigação cuidadosa da história gestacional da mãe, parto, período neonatal, história do desenvolvimento psicomotor da criança, seu acompanhamento pediátrico e a história de deficiência intelectual, anormalidades metabólicas ou cromossômicas na família.
Avaliações neuropsicológicas e testes de inteligência padronizados podem ser aplicados aos pacientes. Esta testagem nos fornece o chamado quociente de inteligência (Q.I.). Os valores de Q.I. iguais ou inferiores a 70 nos dão o diagnóstico de deficiência intelectual.
Crianças com deficiência intelectual leve compreendem cerca de 80% dos casos e são aquelas que mais se beneficiam das intervenções médicas, psicológicas e pedagógicas. Esses pacientes adquirem a linguagem com algum atraso, entretanto conseguem comunicar-se e podem apresentam independência nos cuidados pessoais.
Normalmente são capazes de acompanhar os estudos em turmas escolares regulares e em determinados casos conseguem concluir o ensino médio. São pacientes que, com o devido acompanhamento médico e terapêutico, conseguem viver vidas independentes, possuir trabalho, casar, ter filhos e administrar seu lar.
Na deficiência intelectual moderada, a criança apresenta maior dificuldade na compreensão e no uso da linguagem. Cuidados pessoais e habilidades motoras são limitados e esses pacientes podem necessitar de auxílio durante toda a vida.
Sua vida acadêmica é bem limitada, no entanto podem beneficiar-se de turmas educacionais especiais, aprender conhecimentos básicos necessários para leitura, escrita e cálculo. Suas habilidades sociais deficientes podem melhorar consideravelmente no convívio acadêmico diário com outras crianças com as mesmas necessidades especiais.
A deficiência intelectual grave e profunda compreende os pacientes com grau de maior prejuízo intelectual, funcional e motor. Com frequência, tais pacientes apresentam déficits visuais e auditivos indicando a presença de lesões orgânicas graves e desenvolvimento inadequado do cérebro. São pacientes que necessitarão de atenção e cuidados especiais por toda a vida.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA ESCOLA
Atraso na aquisição da linguagem
Atraso na alfabetização
Dificuldade na aquisição de novos conhecimentos
Dificuldades acadêmicas
Prejuízos nas habilidades motoras
Dificuldade na socialização
Dificuldade na comunicação verbal
Identifica-se mais em crianças mais jovens
Dificuldades nas atividades de vida diária
Dificuldade nos cuidados pessoais
Dr. Gustavo Teixeira
Psiquiatria da infância e adolescência
Professor visitante do Depto. de Educação Especial – Bridgewater State University
Mestre em Educação – Framingham State University
Autor do MANUAL DOS TRANSTORNOS ESCOLARES (Ed. Best Seller)
Contato:www.comportamentoinfantil.com
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