OLÁ, AMIGOS!!!
O que devemos fazer nos casos de transtorno de conduta?
O tratamento deste transtorno envolve intervenções junto ao jovem, à família e à escola através de medidas socioeducativas, treinamento de habilidades sociais e de técnicas cognitivo-comportamentais que são utilizadas para o controle da agressão, modulação do comportamento social, estímulo ao diálogo e melhoria do relacionamento entre pais e filhos. Estratégias de resolução de problemas, autocontrole e o ensinamento de como pais e familiares podem reforçar positivamente comportamentos sociais aceitáveis ajudam no bom prognóstico do paciente.
Na escola, professores e funcionários podem encontrar mecanismos mais adequados para reintegrar o aluno em sala de aula. Técnicas comportamentais podem ser aprendidas para que a promoção e o estímulo de comportamentos aceitáveis do aluno sejam introduzidos e atitudes de desrespeito e agressão sejam desencorajadas.
A utilização de medicamentos pode ser muito útil e eficaz no manejo de sintomas como agressividade, explosões de raiva e impulsividade, sendo os neurolépticos atípicos e estabilizadores do humor medicamentos amplamente utilizados neste sentido.
A utilização de estimulantes para o tratamento do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade associado ao transtorno de conduta pode resultar em grande melhora da sintomatologia disruptiva. O tratamento de outros transtornos comportamentais associados como os transtornos do humor, transtornos ansiosos, uso de drogas e transtornos de aprendizagem também auxiliam na melhoria dos sintomas. A hospitalização de curto prazo é outro recurso que pode ser utilizado com o objetivo de dar limite ao adolescente em casos de risco de agressão a pais ou auto-agressão.
Muitas vezes a possibilidade de sanções legais através do Juizado da Infância e da Adolescência e do Conselho Tutelar pode contribuir ao desencorajamento de comportamentos de conduta.
Vale ressaltar que a gravidade dos sintomas no transtorno de conduta, a negação ao tratamento pelo jovem, além da possibilidade de envolvimento com drogas e criminalidade dificultam muito o tratamento.
Amigos, até a próxima semana com uma nova série de posts e SAÚDE MENTAL NAS ESCOLAS!!!
Dr. Gustavo Teixeira
Psiquiatria da infância e adolescência
Professor visitante do Depto. de Educação Especial – Bridgewater State University
Mestre em Educação – Framingham State University
Autor do MANUAL DOS TRANSTORNOS ESCOLARES (Ed. Best Seller)
Contato:www.comportamentoinfantil.com
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