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Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade – Parte 4

OLÁ, AMIGOS!!!

Quais são as causas do TDAH?

As causas do TDAH ainda não estão bem estabelecidas. Acredita-se em uma origem multifatorial, sendo que o fator mais importante é a herança genética.

Muitas crianças com TDAH possuem familiares (pais, tios, avós, irmãos) com o mesmo diagnóstico. A incidência pode chegar até dez vezes mais em famílias de crianças com TDAH quando comparadas à população em geral. Alguns estudos relacionam a herança genética ligada a genes do receptor e transportador de dopamina, substância que realiza juntamente com outras substâncias a comunicação entre os neurônios. Filhos de pais hiperativos possuem maior chance de ter o transtorno, assim como irmãos de crianças hiperativas possuem até duas vezes mais chances de apresentar o diagnóstico quando comparadas com irmãos sem o transtorno.

Estudos já demonstram que os cérebros de crianças com TDAH funcionam diferentemente dos de crianças sem o transtorno. Essas crianças apresentam um desequilíbrio de substâncias químicas que ajudam o cérebro a regular o comportamento. Estudos neuropsicológicos sugerem alterações no córtex pré-frontal e de estruturas subcorticais do cérebro. Prejuízos nos testes de atenção, aquisição e função executiva sugerem também um déficit do comportamento inibitório e de funções executivas.

Algumas pesquisas científicas identificam nos exames de neuroimagem uma diminuição do fluxo sanguíneo cerebral e das taxas metabólicas em regiões dos lobos frontais de crianças com TDAH, mas isso tudo ainda está em caráter experimental e ainda não tem validade clínica comprovada.

Complicações durante a gravidez ou parto que resultem em sofrimento ao cérebro do bebê estão hipoteticamente relacionadas ao TDAH, como traumatismos, intoxicações e infecções. Basicamente pode-se dizer que qualquer alteração no cérebro em desenvolvimento poderia predispor comportamentos relacionados com o transtorno no futuro.

O estilo de criação parental não causa TDAH. Entretanto, alguns estudos suspeitam que crianças criadas em ambientes domésticos caóticos, vítimas de negligência, abandono ou maus tratos poderiam apresentar prejuízo na maturação do sistema nervoso central, interferindo na organização neuronal e na formação desse cérebro em desenvolvimento. Desta forma, essas alterações cerebrais poderiam levar aos sintomas de TDAH.

Faz-se muito importante ressaltar que, à luz da ciência, não existem estudos que comprovem teorias que liguem o surgimento do TDAH às dietas, aditivos alimentares, açúcares ou problemas ortomoleculares que justifiquem a necessidade de nutrientes especiais, vitaminas ou dietas restritivas. Sendo assim, alimentos não causam TDAH, assim como dietas especiais não são opções de tratamento de um problema comportamental caracteristicamente de origem genética.

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