Olá, amigos !!!
Essa semana, inicio uma nova série que abordará um grande problema presente nas vidas de milhares de estudantes brasileiros: os transtornos ansiosos. Trata-se de condições comportamentais diferentes entre si, mas que comumente provocam sensações subjetivas de desconforto, inquietação, ansiedade, além de desencadear sintomas somáticos como sudorese, boca seca, taquicardia (coração acelerado) e nervosismo, dentre outros sintomas.
O desenvolvimento de transtornos ansiosos em crianças e adolescentes é resultado da interação de múltiplos fatores como a herança genética, grau de ansiedade paterna, temperamento, tipo de relação e estilo de criação pelos pais, além das próprias experiências vivenciadas pela criança. Eventos traumáticos como a morte de um parente querido, a própria observação do comportamento ansioso dos pais ou o fato de assistirem a situações ansiogênicas no noticiário da televisão, por exemplo, podem contribuir para o desencadeamento desses transtornos na infância e na adolescência.
Apesar disso, precisamos estar atentos para situações cotidianas em que uma criança experimenta medo, insegurança e ansiedade, sem que isso seja uma doença do comportamento. Por exemplo, uma criança de 4 anos de idade pode apresentar medo do “bicho-papão”, do “homem do saco” ou medo do ladrão e do fantasma embaixo da cama. Essas situações podem ilustrar apenas uma fase normal do desenvolvimento da criança e logicamente não deve ser considerado um transtorno comportamental da ansiedade.
Por esse motivo, a avaliação médica comportamental realizada por um psiquiatra especialista na infância e adolescência será fundamental para o correto diagnóstico dos transtornos ansiosos.
Nas situações patológicas a intervenção interdisciplinar será muito importante e será capaz de auxiliar no manejo dos sintomas ansiosos. O primeiro passo no tratamento dos transtornos ansiosos será a psicoeducação, a orientação aos pais, professores e familiares através de materiais informativos sobre o transtorno, como livros, guias, textos e folhetos explicativos. Quanto mais informação a respeito do diagnóstico, dos sintomas, das características e do tratamento, mais fácil será lidar com o problema. E, assim, teremos sucesso no auxílio dessas crianças e adolescentes.
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