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Cocaína – Um relato

gustavo

Rafael era o nome daquele garoto de dezessete anos de idade que recebi na emergência do Hospital Souza Aguiar anos atrás. Fora trazido por amigos que o encontraram caído no chão de sua casa. O jovem apresentava-se confuso, agitado, com dificuldade na fala, queixando-se de perda visual, diminuição da força muscular e fraqueza no braço e perna direita. Após investigação constatamos que Rafael havia sofrido um acidente vascular encefálico, um derrame cerebral. Aquele diagnóstico me intrigou. Como um jovem adolescente, aparentemente saudável poderia sofrer um derrame cerebral daquela proporção? Munido de uma hipótese, questionei muito ele e seus amigos, e tive a resposta para minha pergunta: a prima de Rafael, chorando muito confessou que estavam cheirando cocaína quando tudo ocorreu.

A cocaína é a principal droga estimulante existente. Trata-se de um alcaloide obtido das folhas da planta Erythroxylon coca e é administrada principalmente sob a forma inalada (pó), podendo também ser injetada quando diluída em água. O crack é outra apresentação da cocaína, sob a forma de pedra e produzido a partir da sobra do refinamento da cocaína ou da pasta não refinada misturada ao bicarbonato de sódio e água. O crack é fumado com a utilização de cachimbos, assim como a merla, uma outra forma de apresentação da cocaína, também chamada de mel, mela ou melado. Trata-se também de uma pasta não refinada da cocaína.

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