OLÁ, AMIGOS!
Estamos, hoje, encerrando nossa série de posts sobre Transtorno de Tiques com um caso clínico. Semana que vem, vamos dar início ao tema “Transtorno de Ajustamento”. Até lá!
Gabriel é uma criança de 8 anos de idade que atendo no consultório há alguns meses. Os pais do pequeno Gabriel pediram minha ajuda devido aos sintomas que haviam iniciado há quase seis meses. Ele apresentava uma tosse seca e tiques de piscar de olhos e movimentos repetitivos do pescoço e ombros.
Os pais consideram Gabriel uma criança muito ansiosa e informaram que os sintomas ocorriam diariamente e pioravam em situações de muita ansiedade, como nos momentos que antecediam a chegada à escola pela manhã e nos dias de provas e avaliações escolares.
Existe história genética de um tio paterno com síndrome de Tourette e um primo de segundo grau em tratamento para transtorno de déficit de atenção/hiperatividade e transtorno obsessivo-compulsivo. Após investigação clínica detalhada e depois de descartarmos outros diagnósticos diferenciais, foi realizado o diagnóstico de transtorno de tiques (para caracterizar a síndrome de Tourette, teremos que aguardar a evolução do quadro clínico por até um ano).
O plano individual de tratamento inicial de Gabriel envolveu o trabalho psicoeducativo com os pais, associado ao trabalho de orientação aos professores e aos funcionários da escola sobre o transtorno de tiques, suas características, sintomas, causas, evolução e prognóstico.
A escola ofereceu apoio e orientou professores e funcionários para não tolerar qualquer forma de “brincadeira” ou bullying por parte de outros alunos.
Gabriel iniciou a utilização de uma medicação para redução dos tiques e diminuição da ansiedade, além de sessões semanais de psicoterapia cognitivo-comportamental.
Após 6 meses de tratamento, a evolução clínica de Gabriel é satisfatória com a diminuição significativa dos tiques, diminuição da ansiedade e melhoria de sua qualidade de vida.
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