OLÁ, AMIGOS!!!
Inicio essa semana uma nova série falando do transtorno de ajustamento na infância e adolescência.
O transtorno de ajustamento na infância e adolescência pode ser definido como o aparecimento de sintomas emocionais e alterações de comportamento em resposta a um fator estressor específico.
Esses sintomas costumam aparecer nos primeiros três meses após o início desse fator estressor e podem ser representados por sentimentos de tristeza, falta de motivação, ansiedade e irritabilidade. Há muito sofrimento, algo considerado exagerado e que excede o que seria esperado normalmente, dada a natureza desse estresse.
Quando uma criança é reprovada de ano na escola será natural que ela se sinta triste, desmotivada pelos estudos e com prejuízo em sua autoestima. Entretanto, isso não caracteriza uma condição patológica. O transtorno de ajustamento estará presente se os sintomas frente a esse estressor forem tão presentes que a criança não consiga mais brincar ou se divertir. Se os sintomas de ansiedade e tristeza passarem a prejudicar intensamente sua vida, poderemos estar presenciando um caso de transtorno de ajustamento.
Da mesma forma, quando ocorre a morte de um familiar muito querido, o luto será um período natural em que a criança ou adolescente vivenciará. Sentimentos de tristeza e choro não significam que o estudante está com depressão ou passando por um transtorno de ajustamento. Entretanto, se os sintomas estiverem interferindo intensamente em suas vidas, provocando sofrimento e prejuízos significativos em seus relacionamentos sociais, por exemplo, uma avaliação médica-comportamental deverá ser realizada por um médico especialista em psiquiatria da infância e adolescência.
Outros exemplos de situações que precisamos estar atentos são: separação e divórcio dos pais, mudança de moradia, crise financeira dos pais, término de um relacionamento amoroso, bullying na escola.
O transtorno de ajustamento normalmente tem uma duração de até seis meses após o término do estressor. Entretanto, caso o fator estressor seja crônico – exemplo: uma condição médica como diabetes, epilepsia ou câncer -, o problema comportamental pode persistir por mais tempo.
Os estudos científicos indicam uma prevalência de transtornos de ajustamento entre dois e oito por cento das crianças e adolescentes em idade escolar. Por esse motivo, devemos estar atentos aos sintomas.
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