Olá, amigos!
Inicio essa semana uma nova série de posts relacionados com transtornos do comportamento alimentar de crianças e adolescentes.
Os transtornos alimentares são problemas comportamentais frequentes entre adolescentes, principalmente entre as meninas. Culturalmente somos ensinados que a magreza é fundamental, é belo e não é difícil conhecer mulheres, adolescentes e até mesmo crianças fazendo dietas para emagrecer.
Essas condições médicas são graves e potencialmente fatais, quando não diagnosticadas e tratadas adequadamente. Para se ter uma ideia da gravidade, cerca de 10% dos pacientes morrem em decorrência de complicações do distúrbio ou por suicídio.
Os transtornos alimentares apresentam uma incidência de cerca de 1% da população infanto-juvenil e embora possam estar presentes no sexo masculino, em até 90% dos casos, esses transtornos afetam meninas e mulheres.
As causas dos transtornos alimentares estão relacionadas com fatores biológicos, psicológicos e ambientais. Comumente, fatores sociais estão relacionados com a origem do problema e alguns grupos populacionais merecem atenção especial, pois muitas vezes valorizam em excesso o culto à magreza e aparência estética, como: bailarinas, modelos e atrizes.
O tratamento é realizado por uma equipe multidisciplinar, incluindo médico psiquiatra, clínico geral, psicólogo e nutricionista e deve ser iniciado com uma orientação psicoeducacional aos familiares e paciente sobre as características do problema e da necessidade de tratamento médico. Normalmente, a intervenção não requer internação hospitalar. Entretanto, em casos graves, esta pode ser utilizada.
Um próximo passo será estabelecer metas para melhoria nutricional, assim como reorganizar hábitos alimentares saudáveis, livres de comportamentos evitativos, compulsivos. Por esse motivo, o trabalho de uma nutricionista é fundamental para o sucesso terapêutico.
Alguns medicamentos podem ser utilizados também com o objetivo de diminuição da ansiedade ou dos sintomas depressivos, comumente presentes. A terapia cognitivo-comportamental, a terapia familiar e intervenções escolares também devem ser utilizadas para que tenhamos sucesso no tratamento.
Nas próximas semanas vou descrever dois dos transtornos alimentares mais prevalentes na adolescência: anorexia nervosa e bulimia nervosa.
Até a próxima e SAÚDE MENTAL NAS ESCOLAS BRASILEIRAS!
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