A ação do crack no sistema nervoso central está relacionada com uma grande liberação da substância química dopamina, responsável pelas sensações iniciais de euforia e prazer, seguidos de ansiedade, preocupações paranóides, irritabilidade, agitação, agressividade, perda da apetite e insônia.
Efeitos fisiológicos também são identificados, como: aumento da frequencia cardíaca, aumento da pressão arterial, dilatação das pupilas, tremores, vertigens, espasmos musculares e aumento da temperatura corporal. Lesões cerebrais graves podem ser encontradas nos usuários do crack e casos de morte mesmo após a primeira utilização da droga não são raros e estão relacionados com parada cárdio-respiratória, infarto agudo do miocárdio ou acidentes vasculares cerebrais.
Uma característica notória do usuário do crack é a violência e os surtos de agressividade contra membros da própria família ou qualquer outra pessoa que se coloque na posição de impedir ou interromper o seu consumo. Outro aspecto importante e que evidencia a gravidade da dependência é a busca incessante pelas pedras de crack. O dependente utilizará de todas as maneiras possíveis para adquirir dinheiro para a compra da substância, seja furtando utensílios domésticos, assaltando lojas, pedestres ou se prostituindo para a aquisição da droga.
Essa íntima relação entre o consumo de crack e violência é também identificada ao observarmos o número crescente de mortes nessa população relacionadas com brigas entre dependentes, acerto de contas e punições de traficantes motivadas por dívidas na compra da droga, ações policiais e por doenças sexualmente transmissíveis como AIDS, devido ao comportamento promíscuo entre muitos usuários.
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