Este é um tema muito difícil de ser abordado porque, na verdade, não havíamos pensado nele até agora. Quem poderia imaginar, há dois meses, que estaríamos vivenciando esta situação?
O que parece muito evidente é que o isolamento impacta sociedades mundo afora de maneiras distintas. E, quando pensamos no grupo de pessoas com transtorno do espectro de autismo, isso também é verdade. Ou seja, algumas destas pessoas irão passar sem maiores problemas por este período, enquanto outras apresentarão severas dificuldades.
Estima-se que aproximadamente 3 bilhões de pessoas no do mundo estejam experimentando alguma forma de isolamento social e falta de acesso a serviços devido a este isolamento. O impacto sobre sociedades em que tradicionalmente as pessoas têm uma alta mobilidade relacional, como o Brasil, tem sido maior. Para nós, interações mais próximas e até mais íntimas, como nos cumprimentarmos com abraços e beijos, faz parte da dinâmica social cotidiana. Já em países como o Japão e a Coréia do Sul, estas formas de relacionamento social são totalmente diferentes e menos intimistas.
Quando pensamos nas crianças com TEA, devemos lembrar o quanto a manutenção diária das rotinas é importante para o seu bom funcionamento comportamental. Desse modo, manter estas crianças em casa, longe das escolas e de seus terapeutas, representa um enorme desafio.
E, mais preocupante, não sabemos por quanto tempo isto vai ser necessário.
Para minimizar o impacto do isolamento sobre o comportamento de nossas crianças, vou dar algumas dicas que podem ajudar nesse momento:
Enfim, se já não havia uma receita de bolo para lidar com o comportamento das crianças antes, nesse momento isso é ainda mais verdadeiro. Este desafio é para todos os pais, sejam seus filhos típicos ou atípicos.
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