Uma das primeiras características associadas a pacientes com TEA é o déficit em comunicação. A intervenção assistida com animais, também chamada de Pet terapia, tem sido usada como terapia para pacientes com TEA e tem demonstrado resultados positivos para os aspectos comportamentais, principalmente os relacionados à sociabilidade e à ansiedade.
O artigo de hoje avaliou 5 pacientes com TEA, os quais os pais reportaram que possuíam habilidades de imitação, seguiam até duas instruções seguidas, respondiam questões básicas e falavam frases curtas, além de nomear objetos conhecidos. O cachorro utilizado nas sessões de terapia era um Labrador treinado. As sessões foram realizadas 1 ou 2 vezes por semana, com duração de 1 hora. Foram utilizados diferentes métodos, como um reforço verbal, reforço alternativo com o animal ou com brinquedos.
Os resultados apresentados no estudo corroboraram os achados da literatura, os quais demonstram resultados positivos das terapias com cães em pacientes com TEA. Adicionalmente, as sessões mostram-se eficazes também em aspectos relacionados à comunicação verbal.
Os autores salientam que existem diferentes maneiras de trabalhar com um cachorro em uma sessão de AAI (Animal Asssistant Intervention) como brincar com brinquedos, acariciar o cachorro, levar o cachorro para passear ou escovar os pelos. As possibilidades devem ser exploradas de acordo com os objetivos a serem alcançados com o paciente.
Referência: Jorgenson CD et al. Evaluating preference for and reinforcing efficacy of a therapy dog to increase verbal statements. J Appl Behav Anal. 2019 Dec 19.
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