Todos sabemos que este Dia das Mães será totalmente diferente de qualquer outro já vivido, em razão da COVID-19. Pela primeira vez, desde que nasci, passarei a data longe de minha mãe, sem poder abraçá-la e beijá-la, pois estamos todos em isolamento social, uma medida necessária neste momento para salvar nossas vidas .
Assim como minha mãe e eu estaremos separadas, inúmeras mães e filhos viverão esta mesma realidade.
Por tal motivo, neste Dia das Mães minha mensagem também será um pouco diferente: quero falar sobre medo, resiliência, esperança, fé, amor e gratidão.
É inegável que sinto muito medo! Como nunca havia sentido antes em toda a minha vida. E, desta vez, não é um medo imaginário, baseado em hipóteses. É um medo real, que vem assolando todo o Mundo!
Sinto uma angústia no peito quando meu filho pergunta quando voltará para a escola.
Sinto vontade de chorar quando meu filho comenta: “ Mamãe, quando tudo isto irá acabar?” e eu não posso lhe oferecer a resposta que ele tanto precisa ouvir. Mas, ainda assim, preciso ser forte e lhe passar segurança.
Então como nós mães atípicas, nestes dias igualmente atípicos, podemos reagir?
Lembra do medo que eu mencionei alguns parágrafos acima?
Pois é!
É justamente ele que serve como parte do “combustível” necessário para reagirmos a toda esta situação. O medo está na base do nosso instinto de sobrevivência e está longe de ser sinônimo de fraqueza. O medo nos instiga a lutar e a ir adiante.
Sabe a “tal” da resiliência , aquela que nós temos de sobra? É nas dificuldade que ela é forjada!
Bingo!
E cá estamos nós pois, uma vez mais, foi necessário extrairmos forças de onde sequer sabíamos que possuíamos para estruturarmos planejamentos diários para nossos filhos, já que suas rotinas foram viradas de “ponta-cabeça”.
Assim, nos reinventamos e nos transformamos em co-terapeutas para colaborar com os profissionais que passaram a atender telepresencialmente; ou, na ausência destes, passamos a ser as próprias terapeutas de nossos meninos e meninas, procurando guiar seus caminhos da melhor forma possível; também somos mediadoras escolares para auxiliar nas aulas online oferecidas pela escola ou pelo AEE (Atendimento Educacional Especializado), ou professoras quando precisamos, nós mesmas, elaborar o conteúdo pedagógico para nossos filhos.
Somado a estas atividades, temos ainda o trabalho de casa, o emprego (muitas de nós temos dupla jornada) e, além disso, precisamos cuidar de nossa saúde mental, praticando algum tipo de exercício físico (em casa), meditando, lendo, pintando, ouvindo música ou realizando qualquer outra atividade que nos relaxe.
Sobra tempo para mais alguma coisa?
Sim, sobra tempo para o mais importante: para AMAR, como SEMPRE fizemos, e como NUNCA fizemos.
Amar intensamente como SEMPRE , com todas as nossas forças, daquela maneira que supera tudo e todos e rompe todas as barreiras.
E amar como NUNCA, sabedoras de que a vida é efêmera, valorizando cada segundo e agradecendo a Deus por tudo!
O fato de estarmos separados neste Dia das Mães, não diminuirá nada de nosso amor por nossas mães ou por nossos filhos, pessoas que amamos tanto.
Ao contrário!
Mais do que nunca, sabemos hoje o real valor de um abraço bem apertado, a importância incontestável “daquele” colo ou “daquele” ombro quando precisamos, a ternura “daquele” beijo e a fraternidade que existe em um simples aperto de mão.
Porém, se excepcionalmente este ano não poderemos estar juntos fisicamente, estaremos mais juntos do que nunca, em alma, corações e pensamentos.
E, quando tudo passar, terei FÉ e ESPERANÇA de ver uma nova humanidade nascendo juntamente a este recomeço, e que tenhamos resgatado todos os valores esquecidos ao longo dos anos.
Mas, principalmente, que saibamos ser empáticos, amar e respeitar ao próximo. Sempre.
Estamos juntos nesta batalha e juntos vamos vencê-la!
Lembrando que, afinal, Dia das Mães é todo dia porque todo dia é dia de AMAR!
Feliz Dia das Mães para todas!
Denise Aragão.
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