O hormônio testosterona é responsável pelos traços masculinizantes como crescimento de barba, força e desenvolvimento muscular. Eles também podem causar mudanças no cérebro e no corpo de quem se utiliza dele e aumentar as chances de desenvolver problemas graves de saúde.
Uma grande ironia é que, enquanto a grande maioria dos jovens procura nos esteroides uma maneira rápida de desenvolver músculos e melhorar sua aparência “externa”, internamente está destruindo seu organismo. Essas drogas são capazes de enfraquecer o sistema imunológico, responsável pelas defesas naturais do organismo contra doenças e infecções. Lesões no fígado e até câncer hepático podem ser causados nesses jovens usuários. Os ossos podem ter seu crescimento interrompido em crianças e adolescentes, devido ao fechamento prematuro das epífises ósseas (regiões responsáveis pelo crescimento ósseo).
O cérebro é outra região afetada pelos esteroides anabolizantes. Dentro do cérebro possuímos uma região chamada sistema límbico. Ela está envolvida no controle das emoções, além de participar de importantes etapas da aprendizagem e da memória. Essas drogas são capazes de alterar o humor de quem as usa. Logo, sintomas depressivos, irritabilidade, nervosismo e agressividade são comuns entre usuários de esteroides anabolizantes.
O hipotálamo é uma região localizada na base do cérebro responsável pela produção natural de testosterona. Quando inadvertidamente uma pessoa administra essa substância no organismo, ele deixa de enviar corretamente ao resto do corpo informações importantes relacionadas com o controle da pressão arterial, humor e funções reprodutivas, como produção de espermatozoides e libido. Nas mulheres os esteroides anabolizantes causam a interrupção da menstruação, perda de cabelo, crescimento de pelos no rosto e corpo. Além disso, a voz torna-se grave.
O uso desse tipo de droga é mais comum entre adolescentes, principalmente do sexo masculino, iniciando por volta do 14 anos de idade, entre praticantes de musculação ou esportes de luta. Consideram-se adeptos da “geração saúde”, estão interessados na boa aparência física, entretanto por desinformação ou por simplesmente não acreditarem nos efeitos deletérios desse tipo de droga, estas pessoas sucumbem ao uso indiscriminado dessas substâncias.
Alguns sinais físicos do uso de esteroides anabolizantes podem ser facilmente observados. Normalmente há uma hipertrofia muscular generalizada, com um aumento desproporcional do tórax, aumento da musculatura do pescoço e ombros. A pele pode apresentar-se com acne (espinhas), principalmente no rosto, ombros e costas. Uma alteração comum é a presença de ginecomastia, um aumento das glândulas mamárias devido à conversão metabólica do excesso de testosterona em estrogênio, o hormônio feminino. Outra alteração comum é a atrofia dos testículos, devido à diminuição da produção de testosterona pelo organismo, com redução da contagem de espermatozoides e de sua mobilidade e alteração de sua morfologia. Hipertrofia prostática, hipertensão arterial, hepatomegalia (aumento do tamanho do fígado), calvície e hirsutismo (aumento da quantidade de pelos no corpo) também são frequentes.
Alterações laboratoriais, como aumento das enzimas hepáticas, aumento dos níveis de testosterona e aumento do número de hemácias sanguíneas são encontrados no hemograma e no exame bioquímico do sangue.
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