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Drogas nas escolas – Parte 3

OLÁ, AMIGOS!!!

Quais são os fatores de risco?

Dificilmente um único fator de risco levará o jovem ao transtorno por uso de álcool e drogas. Na verdade, o uso de drogas está relacionado a uma série de características, sendo que, quanto mais fatores de risco este jovem possuir, maiores serão suas chances de envolvimento problemático com essas substâncias.

Costumo fazer uma analogia com uma balança de dois pratos. De um lado da balança colocamos os fatores de risco e do outro os fatores de proteção. Um jovem se tornará dependente químico de determinada droga se a quantidade de fatores de risco sobrepuser os fatores de proteção. Desta forma, o trabalho preventivo realizado por pais e educadores será de aumentar ao máximo os fatores de proteção e tentar eliminar esses possíveis fatores de risco.

Muitas vezes, a herança genética desempenha um importante papel no surgimento e manutenção desse problema. Filhos de pais alcoólatras apresentam até quatro vezes mais chances de se tornarem usuários crônicos de álcool quando comparados com filhos de não-alcoólatras. Quando investigamos a história familiar desta criança ou adolescente comumente observamos a existência de familiares que vivenciam ou já vivenciaram problemas com álcool ou outras drogas de abuso.

Fatores ambientais como eventos de vida estressantes, inserção em lares desestruturados e violentos, divórcio dos pais, abuso físico, emocional e sexual, menor atenção paterna e falta de vínculos afetivos entre familiares aumentam consideravelmente as chances de se tornar usuário de drogas.

A adolescência por si só representa uma fase problemática para o consumo de drogas. Nesta etapa da vida, o jovem passa por grandes modificações físicas e comportamentais. Está criando sua própria identidade, sua personalidade e identifica-se mais com o grupo de amigos, estando também mais apto a novas experiências, novos desafios, não aceitando mais passivamente ordens e orientações de seus pais.

Características de temperamento e personalidade também podem influenciar no aumento do risco de envolvimento com drogas. Por exemplo, crianças e adolescentes excessivamente tímidos, retraídos, impopulares e que não conseguem se destacar nos esportes ou nos estudos apresentam mais chances de se envolverem com as drogas.

A influência de modismos representa outro fator de risco importante. Jovens são “induzidos” pelo poder da mídia e da própria sociedade de que o consumo de álcool é bom. As tradicionais festas de quinze anos, carnaval, jogos de futebol e grandes confraternizações de jovens são convites para o consumo alcoólico, na grande maioria das vezes, legitimados por pais e familiares.

Outras características comportamentais comumente encontradas em jovens com risco ao uso de drogas incluem impulsividade, agressividade, níveis baixos de noção de perigo, menor religiosidade e a presença de psicopatologias.

A precocidade da experimentação de álcool e de outras drogas pode representar também um aumento do risco de transtornos ligados ao uso de substâncias. Estudos revelam que as chances de envolvimento problemático com drogas aumentam muito quando a experimentação acontece antes dos 15 anos de idade. Desta forma, quanto mais tarde o jovem experimenta a droga, mais protegido seu cérebro estará e menores serão as chances de um problema mais sério se instalar no futuro.

 

FATORES DE RISCO AO USO DE DROGAS:

Ambiente doméstico violento

Pais usuários de álcool e outras drogas

Negligência e falta de envolvimento parental

Pais permissivos

Falta de vínculos afetivos

Baixo desempenho acadêmico

Baixo desempenho social

Amizade com usuários de drogas

Amizade com jovens agressivos

Comportamento delinquencial

Presença de psicopatologias

Temperamento impulsivo

Precocidade da experimentação

Baixa auto-estima

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