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Esquizforenia de início precoce – Parte 2

Olá, amigos!

Essa semana continuamos conversando sobre a esquizofrenia de início precoce. Afinal, quais são as causas?
A esquizofrenia é uma condição médica importante e tem uma origem neurobiológica. Isso significa que as causas do problema estão relacionadas a alterações cerebrais.
Os estudos científicos evidenciam que alterações genéticas estão envolvidas em associação com fatores ambientais. Para se ter uma ideia da importância dos fatores genéticos nessa doença, se uma pessoa é portadora de esquizofrenia, a chance de um filho apresentar o problema é dez vezes maior, quando comparado com filhos de pais sem a patologia.
Apesar de haver fortes indícios da origem genética da doença, aspectos ambientais também devem ser considerados, pois os estudos indicam que componentes ambientais podem funcionar como gatilhos para o disparo dessa grave condição comportamental.

Isso significa que crianças que apresentam possíveis alterações de genes ligados à esquizofrenia, quando expostas intensamente a agentes ambientais agressores como uso de drogas, estresse, violência doméstica física e emocional, negligência e pobreza extrema, por exemplo, podem ter esses genes ativados para a doença.
Desta forma, essa interação entre a genética e agentes estressores ambientais pode desencadear a esquizofrenia e a manutenção dos agentes estressores pode piorar e agravar os sintomas da doença, interferindo ativamente no curso, prognóstico e gravidade da patologia.

Diversos problemas comportamentais podem simular os sintomas da esquizofrenia; é o que chamamos de diagnóstico diferencial. Alguns exemplos de condições médicas que podem confundir com esquizofrenia são: depressão, transtorno bipolar, transtorno psicótico breve, transtorno obsessivo-compulsivo, autismo infantil, uso de drogas e estresse.
Sendo assim, a avaliação comportamental deve ser muito cuidadosa, pois são inúmeros os diagnósticos diferenciais dessa doença. Além disso, o médico psiquiatra da infância e adolescência deve ser habilidoso para diferenciar a presença de sintomas psicóticos em um paciente tão jovem, visto que a infância é um período natural do desenvolvimento em que existe o surgimento de pensamentos mágicos, a criação de amigos imaginários, fantasias e farta imaginação.

SAÚDE MENTAL NAS ESCOLAS!

Dr. Gustavo Teixeira
Médico psiquiatra da infância e adolescência
Professor visitante do Depto. de Educação Especial – Bridgewater State University
Mestre em Educação – Framingham State University
Autor do MANUAL DOS TRANSTORNOS ESCOLARES (Ed. Best Seller)
Contato:  www.comportamentoinfantil.com

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