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O reizinho da casa – Parte 5

OLÁ, AMIGOS! Qual terapia pode ajudar?

 

A utilização de técnicas cognitivo-comportamentais ajudam na criação de estratégias para a solução de problemas e diminuem o negativismo observado nesses estudantes. O treinamento de habilidades sociais também é utilizado para melhorar flexibilidade, aumentar o limiar de tolerância à frustração e estimular a socialização e a empatia nesses pacientes.

Métodos de reforço positivo, como a utilização de elogios, estratégias de “economia de fichas” e o uso de contratos de comportamento podem auxiliar na organização de rotinas e criação de limites essenciais para a melhoria, adaptação e adequação social dessas crianças.

O aconselhamento e treinamento de pais e professores acerca do manejo dos sintomas de desafio e oposição em casa e no ambiente escolar são de extrema importância para o sucesso do tratamento. Essa orientação aos pais funciona como um mecanismo para ensiná-los a desencorajar comportamentos desafiadores no filho e encorajar comportamentos adequados, ajudando na melhoria da relação pais-filhos e na diminuição dos sintomas do transtorno.

A terapia familiar também pode ser associada em situações especiais quando o ambiente doméstico está comprometido. Nesses casos o acompanhamento familiar objetiva melhorar a comunicação e interação entre os membros da família, ajudar na resolução de conflitos conjugais e familiares que comumente estão presentes. Essa relação familiar positiva facilita o diálogo, tornando mais fácil o manejo de comportamentos inapropriados e pode ajudar a criança a controlar suas próprias emoções.

O estímulo à prática esportiva pode ser muito importante para fortalecer a autoestima da criança, estimular sua socialização e interação positiva com outras crianças. Esportes coletivos e esportes de luta como judô, caratê e capoeira podem ensinar conceitos importantes à criança como disciplina, respeito às regras, hierarquia, trabalho em equipe e controle emocional.

Devo dizer que o transtorno desafiador opositivo pode ter uma evolução muito positiva com o tratamento, entretanto depende da participação, engajamento e motivação dos pais na mudança de seus hábitos e comportamentos, estabelecimento de regras, limites e conduta assertiva. Muitas vezes a dificuldade dos pais na aceitação das intervenções e das estratégias comportamentais ensinadas inviabiliza o sucesso terapêutico.

Dr. Gustavo Teixeira

Psiquiatria da infância e adolescência

Professor visitante do Depto. de Educação Especial – Bridgewater State University

Mestre em Educação – Framingham State University

Autor do MANUAL DOS TRANSTORNOS ESCOLARES (Ed. Best Seller)

Contato:www.comportamentoinfantil.com

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