OLÁ, AMIGOS! Para finalizar a nossa série, conheçam o caso do pequeno Márcio (nome fictício).
Márcio é uma criança de 9 anos de idade, estudante do quarto ano do ensino fundamental de uma escola na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Seus pais são divorciados e ele mora com a mãe e uma irmã de 4 anos de idade. Márcio foi encaminhado para avaliação médica pela coordenadora pedagógica.
Segundo relato escolar, seu rendimento acadêmico está abaixo do esperado. A criança se opõe às regras, desafiando deliberadamente a autoridade de suas três professoras, é impulsivo, manipulador e mostra-se enraivecido sempre que se sente contrariado.
Márcio não possui amigos na escola, pois está sempre envolvido em brigas com outros estudantes.
Em casa, os sintomas de desafio e oposição às regras também estão presentes. A mãe diz que não consegue impor regras ou dar limites ao filho e confessa que se considera uma mãe permissiva. “Ele sempre foi o reizinho da casa, nunca consegui dar limites, quando falo alguma coisa, ele chora, grita e eu acabo cedendo”.
Após investigação clínica com a família, escola e com a própria criança, foi realizado o diagnóstico de transtorno desafiador opositivo. Márcio iniciou a utilização de um medicamento para diminuição dos sintomas de impulsividade e agressividade.
Realizei um trabalho de orientação à mãe, oferecendo informação psicoeducacional sobre o diagnóstico do filho e ensinando estratégias comportamentais de manejo dos sintomas opositivos e desafiadores. Iniciamos um programa de reforço positivo com um sistema de pontuação denominado “economia de fichas”, além de um contrato comportamental e aplicação de técnicas de punições brandas.
A escola recebeu orientação e material psicoeducativo para auxiliar no manejo dos sintomas em sala de aula e durante o recreio escolar.
Seis meses após o início do tratamento, o relato familiar e escolar é de melhora significativa nos sintomas opositivos e desafiadores. As
notas escolares melhoraram bastante, assim como o relacionamento de Márcio com professores, funcionários e colegas da escola.
A interação familiar está melhor e a mãe afirma que a aplicação das técnicas comportamentais, regras e rotinas estão beneficiando e
favorecendo um relacionamento mais saudável entre eles.
Dr. Gustavo Teixeira
Psiquiatria da infância e adolescência
Professor visitante do Depto. de Educação Especial – Bridgewater State University
Mestre em Educação – Framingham State University
Autor do MANUAL DOS TRANSTORNOS ESCOLARES (Ed. Best Seller)
Contato:www.comportamentoinfantil.com
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