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Transtorno Bipolar do Humor – Parte 4

 

Olá, amigos!!!

Como ajudar familiares e portadores do transtorno bipolar do humor na infância e adolescência?
Bem, estabelecido o diagnóstico do transtorno bipolar, o tratamento é iniciado com uma intervenção farmacológica que envolve a utilização de medicamentos estabilizadores do humor como o carbonato de lítio, a carbamazepina, o ácido valpróico, a oxcarbazepina, a lamotrigina e o topiramato. Outros medicamentos utilizados na fase maníaca do transtorno são os neurolépticos, como o aripiprazol, a risperidona, a quetiapina e o haloperidol.

Na maioria dos casos a utilização da medicação estabilizadora do humor deve ocorrer de maneira contínua. Dessa forma, pode-se evitar recaídas e a volta dos sintomas comumente observados durante o curso natural do transtorno. Internações de curto prazo podem ser necessárias em casos graves em que há muita agressão física da criança ou adolescente contra pais e familiares ou em casos de risco de auto-agressão e suicídio.

A terapia cognitiva-comportamental é a terapia indicada e deverá ser utilizada com esse estudante, além da terapia familiar, pois o apoio psicológico será fundamental para todos envolvidos com a criança ou adolescente. A orientação da escola também será necessária e a participação de professores e orientadores pedagógicos será muito importante para o sucesso do tratamento. A escola deve participar do tratamento, conhecendo o problema, ajudando o aluno em possíveis necessidades educacionais especiais, trabalhando estratégias de controle de comportamentos agressivos e impulsivos eventuais, estimulando a socialização e adequação comportamental do estudante em sala de aula e no recreio escolar.

O tratamento psicossocial será fundamental e deve ser iniciado com um bom trabalho psicoeducacional envolvendo o paciente, pais, familiares e escola. Informações sobre os sintomas do transtorno, características, evolução, riscos e sobre a importância da manutenção do tratamento serão muito importantes para o sucesso na intervenção terapêutica.
Uma associação brasileira sem fins lucrativos merece todo o destaque pelo belo trabalho psicoeducacional de orientação a familiares e portadores de transtornos afetivos: a ABRATA (Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos).

Semana que vem, encerraremos esta série com um caso clínico. Até lá!

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