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Transtorno Bipolar do Humor – Parte 5

Olá, amigos!!!
Para terminar essa série sobre o transtorno bipolar do humor na infância e adolescência, descrevo um caso clínico de um paciente que teve seu nome verdadeiro modificado para preservar sua identidade.

Artur tem 9 anos de idade e é um estudante do quarto ano do ensino fundamental de uma escola de Jacarepaguá, Rio de Janeiro. Os pais chegaram ao consultório muito preocupados com o comportamento do filho. A principal queixa era a irritabilidade demonstrada nos últimos 3 meses.

“Ele está muito agressivo comigo, doutor Gustavo. Na última semana ele destruiu a televisão de LCD de seu quarto, pois ele havia morrido no jogo de vídeo game”, explicou a mãe. Os pais informaram que o filho sempre teve um temperamento forte, com altos e baixos de humor, facilmente irritável, impulsivo e nas últimas semanas tem dormido por apenas 4 horas diárias. Segundo relato da escola, Artur agrediu violentamente um aluno que havia recusado o empréstimo de uma bola de futebol durante o recreio escolar.

Dez dias atrás, ele perseguiu uma aluna pelo pátio, dizendo que queria “transar” com ela. Existe história de um tio paterno com transtorno bipolar, um primo paterno em tratamento para transtorno de déficit de atenção/hiperatividade e sua mãe e tia materna fazem tratamento para depressão. Após intensa investigação clínica, foi iniciado medicação estabilizadora do humor e Artur iniciou acompanhamento psicológico cognitivo-comportamental.

Seus pais e escola receberam orientação psico-educacional e aprenderam estratégias para ajudar o pequeno Artur. Após 6 meses de tratamento, Artur está com seu humor estabilizado, melhorou academicamente e socialmente; e sua família segue firme no tratamento.

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