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Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade – Parte 5

 

OLÁ, AMIGOS!

O que fazer para ajudar crianças e adolescentes com TDAH?

O tratamento do TDAH deve envolver uma abordagem multidisciplinar associando o uso de medicamentos a intervenções psicoeducativas e psicoterapeuticas.

As medicações de primeira escolha para o TDAH são os estimulantes. Trata-se de fármacos seguros, eficientes, muito bem tolerados pelos pacientes e sem riscos de dependência química.

O medicamento estimulante é rapidamente absorvido após a ingestão oral e age no cérebro aumentando as concentrações de dopamina e noradrenalina, dois neurotransmissores que estão diminuídos no cérebro de portadores do TDAH. O medicamento tem um início de ação rápido e cerca de 30 minutos após a administração, o portador já é capaz de perceber os efeitos da substância: melhoria da capacidade atencional, diminuição do comportamento hiperativo, diminuição da inquietação, da agitação e da impulsividade.

As intervenções psicoeducativas estão relacionadas com a educação e aprendizagem de pais, professores e paciente acerca do transtorno. Materiais didáticos, folders e livros devem ser ofertados, programas de treinamento para pais e professores podem ser desenvolvidos para ensiná-los a lidar com o transtorno.

Mudanças simples na rotina da criança ou adolescente como sentar em carteiras próximas ao quadro negro e longe de janelas ajudam a focar a atenção mais facilmente. A determinação de rotinas de estudo, com horários pré-determinados, combinados em conjunto com a criança, aplicação de pausas regulares durante o estudo, associada a ambientes silenciosos, longe de estímulos visuais como brinquedos, televisão, rádio, telefone ou materiais escolares que não o de estudo naquele momento pode auxiliar muito na melhoria do rendimento escolar.

A terapia cognitivo-comportamental pode ajudar a criança no controle de sua agressividade, ajudar a modular seu comportamento social, ensinar estratégias de solução de problemas, controle da impulsividade e na regulação de sua atenção. A terapia cognitivo-comportamental também deve ser utilizada sempre que transtornos associados como depressão ou transtornos ansiosos estejam presentes.

Uma intervenção importante é realizada pelos grupos de apoio aos familiares e portadores de TDAH. O objetivo dos grupos de apoio é ajudar a vida de familiares e portadores através do oferecimento de informação sobre o transtorno, além de suporte emocional. Médicos, psicólogos, terapeutas familiares, fonoaudiólogos, psicopedagogos e demais profissionais de saúde mental também participam dos encontros e reuniões.

O objetivo desses encontros é dividir experiências, conhecimentos, criando assim uma rede de apoio social. Desta forma, pais e familiares podem ter a oportunidade de discutir com os pais e familiares de outras crianças e adolescentes que apresentam o mesmo transtorno comportamental. Assim, terão a chance de trocar experiências, receber apoio e informação para entender melhor o que ocorre com seus próprios filhos.

Inicialmente criado nos Estados Unidos, esses grupos de apoio aos pais e familiares inspiraram a criação de diversos grupos no Brasil, como a Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA), considerada a maior organização brasileira de portadores, familiares e de profissionais da educação e da saúde mental compromissados com o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade.

 

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