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Transtornos ansiosos na escola – Parte 17

FOBIA SOCIAL 

A fobia social ou timidez patológica é uma condição comportamental presente em até 4% das crianças e adolescentes em idade escolar e tem início por volta dos 12 anos de idade. Esse transtorno ansioso provoca no estudante um intenso medo, ansiedade e grande timidez quando ele se expõe em situações sociais.

Na escola, crianças e adolescentes com fobia social apresentam comportamento evitativo relacionado com a socialização. São extremamente tímidos e retraídos, dificilmente pedem ajuda aos professores quando apresentam dúvidas em sala de aula, negam-se a apresentar trabalhos na frente da sala, não participam de trabalhos em grupo ou atividades esportivas e evitam comparecer a festas de aniversário. Essas crianças comumente evitam e relutam conversar com outros jovens, principalmente do sexo oposto.

A criança apresenta medo de ser avaliada, julgada ou ridicularizada por outras pessoas, temendo se tornar o centro das atenções. O temor desse estudante é de acabar sendo considerado estranho, esquisito e pouco atrativo pelas outras pessoas, por exemplo.

Há o medo de que em algum momento possa agir ou dizer algo embaraçoso, logo evita falar em público, dialogar com figuras de autoridade, como professores, coordenadores e funcionários ou com pessoas estranhas. Podem também apresentar dificuldade em comer ou escrever na frente de outras pessoas ou utilizar o banheiro da escola.

Além desses sintomas, crianças e adolescentes com fobia social apresentam manifestações somáticas quando expostas às situações sociais como rubor facial, sudorese, tremor, coração acelerado e nervosismo.

Crianças pequenas podem chorar ou se esconder atrás de suas mães quando confrontadas com situações sociais que causem medo ou insegurança, podendo apresentar dificuldade em frequentar a escola. Adolescentes com fobia social apresentam grande dificuldade de se “enturmar” ou de formar vínculos de amizade, principalmente com pessoas do sexo oposto.

Jovens com quadro de fobia social podem iniciar o uso abusivo de bebidas alcoólicas, pois percebem que quando bebem tornam-se menos ansiosos e inseguros. Esse uso de álcool pode tornar-se frequente, como se fosse uma tentativa de “automedicação” contra os sintomas do transtorno e isso pode se transformar em uma armadilha, conduzindo o adolescente  a um quadro de alcoolismo.

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